A Copa do Mundo da Fifa 2022, sediada pelo Catar, começou neste domingo, 20 de novembro, no Estádio Al Bayt. Antecedida por uma cerimônia de abertura que celebrou a união promovida pelo futebol e contou com a participação de artistas como o vocalista da banda coreana BTS, Jungkook, o jogo de estreia terminou com vitória do Equador sobre a seleção do país sede por 2 a 0.
A celebração, que já era alvo de polêmicas devido a desistência de artistas em forma de protesto pelos problemas do Catar com os direitos humanos, começou com um vídeo que introduziu os temas abordados: a união da raça humana e o papel do futebol para que isso aconteça. Em meio ao discurso favorável à diversidade e inclusão, feito pelo ator estadunidense Morgan Freeman e o influenciador catari Ghanim Al Muftah, o balé e elementos simbólicos do país, como os camelos, trouxeram representatividade à cultura local. Sucedendo uma retrospectiva musical das edições anteriores, Jungkook e Fahad Al-Kubaisi performaram a música Dreamers enquanto mascotes de todas as Copas já realizadas invadiram o campo e receberam o atual, La’eeb.
A partida de estreia do mundial, que compõe a fase de grupos, aconteceu no estádio Al Bayt, em Al Khor, e foi disputada por Catar e Equador, ambos pertencentes ao grupo A, também formado por Holanda e Senegal. A arbitragem ficou por conta do italiano Daniele Orsato, que participou como assistente de vídeo (VAR) na copa de 2018 e apitou a final da Champions League em 2020.
A seleção do Catar, comandada pelo espanhol Félix Sánchez, entrou em campo com o goleiro Saad Al-Sheeb, os zagueiros Bassam Al-Rawi, Abdelkarim Hassan e Khoukhi, os laterais Homam Ahmed e Pedro Miguel, os meio-campistas Al-Haydos (Mohammed Waad), Karim Boudiaf e Abdulaziz Hatim, e os atacantes Akram Afif e Almoez Ali (Mohammed Muntari). O esquema tático utilizado foi 5-3-2.
Já a seleção equatoriana, treinada pelo argentino Gustavo Alfaro, seguiu o esquema tático 4-4-2. Ela foi representada pelo goleiro Hernán Galíndez, os zagueiros Piero Hincapié e Félix Torres, os laterais Ângelo Preciado e Pervis Estupiñán, os volantes Jhegson Méndez, Moisés Caicedo (Alan Franco), os meio-campistas Plata e Romario Ibarra (Sarmiento), e os atacantes Estrada (Kevín Rodríguez) e Enner Valencia (Cifuentes).
A partida foi de inteiro domínio do Equador, que apresentou ataques mais perigosos e maior posse de bola, enquanto a seleção do Catar quase não teve chances reais de chegar à meta adversária. O primeiro tempo foi protagonizado pelos dois gols feitos pelo atacante equatoriano Enner Valencia: o primeiro, aos 17 minutos de jogo, em uma cobrança de pênalti, e o segundo, aos 30, marcado de cabeça. Para além desses que abriram o placar, o camisa 13 também fez um gol após uma cobrança de falta nos três minutos iniciais, mas ele foi anulado pois o zagueiro Felix Torres, que participou da jogada, estava impedido.
Apesar de não ter tido nenhum efeito sobre o resultado final, este primeiro lance da partida apresentou uma das novas inovações técnicas do torneio ao público: o impedimento semiautomático. A tecnologia garante maior precisão, transparência e velocidade na definição do posicionamento dos atletas em campo para reduzir as discussões sobre irregularidades na determinação dele ou não.
No segundo tempo, as seleções mantiveram o mesmo ritmo. O Equador, já em vantagem, continuou forte em seus contra-ataques e fez a primeira substituição da partida: Valencia saiu e deu lugar a Sarmiento. O Catar, por sua vez, continuou sem oferecer perigo para os adversários e teve, aos 86 minutos de partida, a melhor chance de gol com Mutari, que acabou chutando para fora da área. Com a derrota por 2 a 0, a seleção catari se tornou o primeiro país sede a perder a partida de estreia na história do Mundial.
O craque do jogo tem nome: Enner Valencia, camisa 13 do Equador. Com os dois gols, ele totaliza cinco consecutivos pela sua seleção em Copas do Mundo, se juntando a nomes como Cristiano Ronaldo, Romário e Zico.
